“Se fala muito hoje em segurança alimentar, no Brasil. Sendo assim, é importante registrar que quem garante a comida na mesa das pessoas é a agricultura familiar”.
A afirmação acima é do agricultor familiar Chico Miguel, ex-presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras do Estado do Maranhão (Fetaema) e atual membro da direção dessa Federação.
Chico Miguel foi o entrevistado do Jornal Tambor de hoje (24), quando falou sobre a escalada de violência no campo e conflitos socioambientais, no Maranhão.
(Veja, no final desse texto, a integra do Jornal Tambor, incluindo a entrevista com Chico Miguel)
Chico Miguel disse que um dos fatores do aumento da violência no campo é o governo de Jair Bolsonaro. O dirigente da Fetaema destacou o desmonte do Incra, o apoio ao latifúndio e o incentivo a violência, incluindo a circulação de armas de fogo.
Chico Miguel também propôs uma aproximação política cada vez maior das organizações que lutam pela democratização da terra, lembrando que “o grande capital sempre se une em defesa dos seus interesses”.
Em sua fala ele inclui também a defesa da zona rural de São Luís, que vive ameaçada pela indústria pesada e da construção civil.
A Fetaema propôs, no início desse mês de novembro, uma força tarefa, para conter a recente escalada de violência vivida no estado. Uma ação que possa unir o poder público e as organizações sociais.
Ontem, terça-feira, dia 23, movimentos sociais protocolaram ofício para tratar com o Governo do Estado sobre a Proposta Popular de Lei de Terras do Maranhão e do Projeto de Lei que institui o Zoneamento Ecológico-Econômico bioma Cerrado/Zona Costeira.
Assinaram o documento, a Fetaema, ISPN, CONAQ, SMDH , MST Maranhão e Tijupá.
Veja, logo abaixo, o Jornal Tambor com a entrevista de Chico Miguel. 👇🏿👇🏾👇
(O áudio da entrevista de Chico Miguel está disponível na plataforma Spotify e também pode ser encontrado no site da Agência Tambor)