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São Luís – Moradores do Piancó se sentem humilhados

Foto: Divulgação

No dia 26 de janeiro, em São Luís, diversos moradores foram desalojados de apartamentos do Residencial Piancó IX, no bairro da Vila Embratel, após parte de um muro de contenção desabar, por conta das fortes chuvas.

Por conta de um alegado risco de desabamento, cerca de 144 famílias foram desabrigadas e algumas estão alojadas na Escola Unidade de Educação Básica de Piancó. Agora as famílias reivindicam ao governo do Maranhão moradia digna.

Nesta terça-feira, 1° de fevereiro, o Jornal Tambor entrevistou Josilene Lima e Karla Cutrim, moradoras do Residencial, que também fazem parte da coordenação de lideranças do Piancó IX.

(Veja, no final desse texto, a edição completa do Jornal Tambor, incluindo a entrevista)

As duas disseram à Agência Tambor que suspeitam que o risco de desmoronamento possa ser utilizado como desculpa para a desocupação dos apartamentos.

Elas relataram que o governo estadual procurou as famílias no primeiro dia do incidente. “O que pedimos é que olhem com carinho para as pessoas que estão aqui”, disse Karla.

Ocupação

A comunidade já espera por uma solução, em relação a esses apartamentos em Piancó, há muito tempo. Pela demora da entrega definitiva de alguns imóveis e pela extrema necessidade do povo, famílias se viram obrigadas a ocupar.

“A gente não pode esperar todos esses anos para eles resolverem”, disse Josilene Lima.

O Residencial Piancó foi ocupado em 2021 e já houve audiência de reitegração de posse. Segundo elas, após audiência com o governo estadual e o Banco do Brasil, o juiz estipulou que as famílias recebessem um auxílio moradia no valor de R$ 650 reais. Mas esse benefício está sendo disponibilizado por meio de aplicativo, que muitos não conseguem ter acesso.

Elas também falam que, no acordo judicial, o governo estadual também doaria às famílias 281 imóveis.

O receio dessas pessoas é se realmente irão conseguir esses imóveis ou se ficarão a mercê de aluguel social.

As moradoras pontuam que o Banco do Brasil, responsável pelos apartamentos no Residencial, não se manifestou sobre a questão da realocação das famílias em moradias próprias. “O que percebemos é que o Banco do Brasil não está se importando”, destacou Karla Cutrim.

Karla também pontuou que algumas famílias estão voltando para os apartamentos mesmo com risco de desabamento, pois não têm para onde ir. “Estamos sendo humilhados”, afirmou a moradora.

Enquanto não é dada uma solução definitiva, os moradores estão desamparados, alguns estão ocupando uma escola. Até agora, sem nenhuma perspectiva de futuro.

Veja abaixo a edição completa do Jornal Tambor, com a entrevista de Josilene e Karla 👇🏾👇👇🏿

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