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Professora aponta que escolas precisam de práticas de antirracistas

Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
08/07/2020

A Agência Tambor entrevistou, na segunda-feira (6), a historiadora e coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiro (NEABI), Nila Michele, que falou sobre a importância de políticas antirracistas nas escolas. 

Relembrando o caso ocorrido na escola privada Educallis, em que um estudante proferiu ataques racistas à outros alunos da mesma instituição, a professora opinou que apenas a expulsão não é suficiente no combate ao racismo. Segundo ela, também se faz necessário o acolhimento à vítima. 

“Para transformar a escola em um espaço de saber, precisamos transformá-la em um espaço de acolhida. Quando o aluno não tem acolhimento em casa, a escola precisa fazer isso”, explicou ela. 

A coordenadora do NEABI também destacou que as instituições precisam focar em mostrar as diversidades aos seus alunos. De acordo com Nila Michele, descobrir que a escola também pode ser racista é o primeiro passo. 

“Enquanto a escola não se descobrir como racista, enquanto as pessoas não verem que há o racismo, não haverá mudanças”, ponderou a professora

Ainda segundo Nila Michele, se a instituição tem mais pessoas brancas e propõe uma educação antirracista, o seu papel também é explicar e falar do privilégio branco das pessoas que compõem aquela escola. 

Ela explica que um dos fatores que contribuem para disseminação do racismo é, principalmente, tratá-lo como bullying e não como algo estrutural.

A professora também disse na entrevista que é importante repensar o currículo escolar,  apontando onde instituição errou no combate ao racismo. 

“O caminho de uma educação antirracista não é no papel. É na prática”, pontuou.

Ouça a entrevista completa em nosso TamborCast.

 

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