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Jacarezinho e os quatro cantos do Brasil

Por Emilio Azevedo
07/05/2021

Foi mais uma tragédia. Ocorrida no mesmo dia em que Eduardo Cunha, criminoso e ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro, foi posto em liberdade. Falo do Massacre de Jacarezinho.

Diante dessa catástastofre, começo citando fatos que são conhecidos, mas que nem sempre são entendidos, com a profundidade necessária.

A história do Brasil é marcada pelo racismo, tortura e matança de pessoas!

É uma via crucis, iniciada com a invasão europeia, com genocídio e escravidão de africanos e dos povos originários (“rebatizados” de indígenas).

Esse nosso abominável processo histórico resultou num desprezo e criminalização, que até hoje atinge os pobres e suas comunidades.

Hoje, em 2021, algumas pessoas no Brasil pensam como se estivéssemos no século XVIII, com os ricos (caso do quadrilheiro Eduardo Cunha) sendo da Casa Grande e os pobres da Senzala.

A invasão e a chacina ocorrida ontem, na comunidade do Jacarezinho, no mesmo Rio de Janeiro do meliante Eduardo Cunha, é consequência dessa abjeta mentalidade que ainda sobrevive.

A pretexto de “prender traficantes”, um governador (que se diz cristão!) acha-se no direito de autorizar a Polícia a promover um banho de sangue!

Foi evidentemente um crime!

E Cláudio Castro, atual governador do Rio de Janeiro, precisa ser responsabilizado!

O mundo tomou conhecimento de mais uma violação contra a humanidade, cometida no Brasil! De algo muito além da covardia!

É inaceitável que esse tipo de barbárie seja encarada como política de segurança pública. Não é! Nunca foi! Nunca será!

O mesmo Estado que não leva escola, nem hospital para a periferia, resolve um dia aparecer por lá armado até os dentes, com a clara predisposição de matar.

Isso não é civilização! É barbárie.

Mas o Brasil não é esse aviltante governador do Rio de Janeiro e seu bando!

É evidente que tem muita gente, nos quatro cantos do país, indignada e abismada com o ocorrido.

E não podemos nos calar diante do sangue derramado…

Como maranhense, lhes digo que hoje essa comunidade carioca é Zezico Guajajara, Negro Cosme, Elias Zi, Padre Josimo, Irmã Dorothy, Flaviano Pinto Neto, Raimundo Santos Rodrigues, Fagner Barros.

O nosso país, em pleno genocídio promovido pelo descontrole da pandemia, segue de luto. Mas a vida há de prevalecer entre nós! Nos resta a ação!

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