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Filme registra magia da música maranhense

Da Agência Tambor
Por Paulo Vinicius Coelho
18/06/2021

‘’Entre localizações emblemáticas e parcerias musicais inéditas, o filme nos leva ao cálido som do Maranhão’’

A sinopse de Ventos que Sopram – Maranhão, nos remete ao estado que, segundo Neto Borges, diretor do filme, ‘’é um celeiro de ventos da cultura afro-brasileira, caribenha e de ritmos’’

O filme foi selecionado para o 13° Festival Internacional do Documentário Musical (In-Edit) e pode ser assistido até 28 de junho no link https://br.in-edit.tv/film/258#. Hoje (18), o Jornal Tambor conversou com o cineasta Neto Borges sobre a obra.

VEJA ABAIXO A ENTREVISTA

Neto contou que ‘’o sonho de fazer o filme’’ surge na França, enquanto ele estudava Cinema Antropológico. ‘’Eu estava nostálgico na França, aprendendo a língua, vindo de São Luís…quando eu conheci as ferramentas [do cinema etnográfico] falei ‘quero fazer esse filme’ relatou.

A ideia foi compartilhada com Zeca Baleiro, que aceitou a proposta e aparece como ‘’âncora’’ na obra, entrevistando outros artistas. Neto disse ‘’que é ali, entre Zeca e os músicos, que a coisa se resolve. Ali as coisas fluem’’

A influência do cinema antropológico aparece na observação, na fala, na história dos músicos. ‘’Eu venho trabalhando a dosagem da fala com a arte em si, a cinematografia. No caso do filme, o cinematográfico era a performance’’ afirmou o diretor.

Natural de Carolina, no sul do Maranhão, Neto Borges chegou em São Luís aos 14 anos. Foi interno no Colégio Agrícola, onde pôde ‘’conviver com todo o Maranhão ali dentro’’. Cursou História na UFMA e sempre se sentiu ‘’um turista em São Luís’’, mas ‘’um turista esperto, observador’’

Depois de ter feito mestrado e doutorado na França, o cineasta ‘’não quer mais ser internacional’’, quer filmar o Maranhão.

Apesar da influência da antropologia e de ‘’gostar do lado puro, ‘porrada’ do cinema etnográfico’’, Neto destacou que sempre procura trazer um tom poético para os seus filmes.

A iconografia também compõe a estética de Ventos que Sopram – Maranhão. Foi a forma que Neto encontrou de, rapidamente, contar a história dos músicos que participam do documentário. As fotos de Murilo Santos, Paulo Socha, Jorrimar de Souza e outros fotógrafos foram utilizadas.

No entanto, ‘’o que dita as regras da estética no filme é a energia dos encontros’’, segundo o diretor.

Neto enxerga a participação no In-Edit como ‘’uma porta’’. O cineasta nutre ainda o desejo de realizar uma grande apresentação no audiovisual maranhense. ‘’Quem sabe quando a pandemia passar’’ indicou.

ventos-que-sopram

Gravado em somente duas semanas, em maio de 2019, Ventos que Sopram ostenta um rico quadro de mais de 50 anos da música maranhense e atua na perspectiva de suprir uma necessidade apontada por Neto Borges: ‘’É preciso pegar essa magia de São Luís – que pode parecer abstrata, mas não é – e transformar em algo mais plausível’’.

Veja abaixo, em nosso canal no YouTube, a edição completa do Jornal Tambor:

https://youtu.be/8zWgF6YTRX0

Ouça abaixo essa entrevista, pela plataforma Spotify:

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