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Arma não é sinônimo de segurança

Imagem: Reprodução

A partir da posse de Jair Bolsonaro, dois fenômenos são registrados no Brasil: a volta da fome e o aumento da circulação de armas. A população passou a enfrentar o desmonte do estado, agravamento da fome e a flexibilização no acesso a armas e munições no Brasil, que agravou a insegurança pública.

Este foi o assunto tratado nessa terça-feira (07) no Jornal Tambor, que ouviu o historiador Paulo Henrique Matos de Jesus.

(Veja, no final desse texto, o Jornal Tambor com a entrevista de Paulo Henrique)

Paulo é professor, mestre e doutorando em história, pesquisa sobre a história da polícia, história social do crime, aparatos de policiamento e segurança pública. Recentemente lançou o livro “Oh, a polícia parou! A polícia parou!”

Em consequência do aumento do número de armas circulando, cresceu o número de homicídios. E o ainda presidente – cada vez mais impopular – não quer saber de urnas e diz que vai resolver a eleição na bala…

Na avaliação de Paulo a relação é direta entre aumento de circulação de armas e homicídio. Para ele, os impactos da adoção dessa medida só iriam aumentar o alto nível de violência. “Noventa e oito por cento dos homicídios cometidos no Brasil foram praticados com arma de fogo”, ressaltou.

No Governo Bolsonaro foram publicados mais de 30 decretos normativos, desde janeiro de 2019, para facilitar o acesso às armas de fogo. O historiador explicou que 78% das armas apreendidas nas mãos de criminosos tem origem legal. O número de armas em circulação na categoria caçador, atirador esportivo e colecionador (CAC) é maior se comparado as armas da instituição Polícia Militar.

“Tivemos um aumento de mais de 200% do número de armas de fogo registradas no Brasil”, aponta o Historiador.

Paulo falou sobre seu projeto de Mestrado, aprovado pelo programa de pós-graduação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que aborda a greve da Polícia Militar, ocorrida em 2011, no Maranhão, motivada pela mudança de pagamento do salário dos PMs e Bombeiros Militares. “Esse movimento, ele se apropria de todo um repertório civil de movimentos grevistas, adicionando práticas militares”, completou.

De acordo com o historiador, a solução para a redução da violência cometido por armas de fogo seria uma melhor fiscalização no mercado legal de armas, cabendo ao estado combater o comércio ilícito de armas e munições.

“É necessário que fiscalize e verifique o trajeto das armas de fogo e que haja uma força tarefa voltada para essa questão do controle”, Diz Paulo.

(Veja, abaixo, o Jornal Tambor e a entrevista completa com Paulo Henrique Matos de Jesus) 👇🏾👇👇🏽

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