Foto: Divulgação O pastor evangélico Lyndon de Araújo Santos criticou hoje (04), em entrevista ao Jornal Tambor, a ambiguidade do governo do Maranhão, em relação a Casa Fanti Ashanti, vítima de racismo religioso no último dia 24 de abril, enquanto realizava uma celebração.
(Veja abaixo a entrevista com Lyndon de Araújo Santos no Jornal Tambor)
No dia seguinte ao incidente, foi divulgada uma nota do governo Carlos Brandão em favor do Terreiro de Mina (que foi agredido), falando em “crime de racismo”. Uma semana depois o mesmo governo soltou outra nota, em solidariedade ao líder religioso que comandou a agressão. A segunda nota provocou indignação.
Lyndon considerou descabida a nota governista assinada pela secretaria Silvia Carla da Silva Pereira, em favor de um pastor denunciado formalmente por racismo religioso. “Faltou bom senso”, disse. Na opinião dele, a ação de Direitos Humanos deve prevalecer no governo maranhense.
Além disso, ele fala que uma religião atribuir a condição de “demônio” a outra, significa que se sente empoderada para fazer isto. E tem respaldo de outras esferas políticas. Principalmente por parte do governo federal.
Casos de racismo religioso, como ocorreu na Casa Afanti Ashanti, “não é algo neutro, inocente, nem despolitizado”, destacou o pastor.
Não é simples acabar com este tipo de comportamento social, pois, segundo Lydon, nossa sociedade tem “uma estrutura de violência. É necessário uma mudança profunda na educação”. Ele enfatiza “que o cristianismo é utilizado como força de poder”.
O pastor declara que somente com a formação política e o diálogo será possível mudar esta realidade. “O Estado tem de promover a laicidade e não o contrário”, afirmou.
(Veja a entrevista com Lyndon de Araújo Santos no Jornal Tambor, em nosso canal de Youtube)