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“Herói de preto é preto como foi Maria Firmina dos Reis”

Imagem: Revista Cult

No dia 11 de março a escritora maranhense Maria Firmina dos Reis, primeira mulher negra romancista abolicionista do Brasil, completaria 200 anos. E para falar da importância da autora de Úrsula, o Jornal Tambor entrevistou a historiadora Régia Agostinho da Silva e também a atriz e produtora Júlia Martins.

(Veja abaixo as duas entrevistas com Júlia Martins e Régia Agostinho)

A historiadora tem como objeto de pesquisa a romancista maranhense, enquanto a atriz falou sobre o espetáculo teatral “Maria Firmina dos Reis uma voz além do tempo”. A peça estará em cartaz nos dia 25 e 26 de março, 01 e 02 de abril, no Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis.

Em sua fala, Régia Agostinho destacou como Firmina dos Reis, com sua obra Úrsula, publicada em 1859, foi pioneira de um romance antiescravista, dando voz aos personagens que retratam negros escravizado.

Além disso, Régia também afirmou que a maranhense é referência negra e feminina do século XIX contra a escravidão no Maranhão. Este fato, de acordo com a entrevistada, abala o que se pensou sobre o passado dos negros escravizados e conta como o Brasil deve a este povo. Isto também reflete sobre a intelectualidade daquela época e a construção da cultura negra.

“Enquanto houver machismo e racismo no Brasil e no mundo, Maria Firmina é essencial para entender nosso país e resolver estas questões que fazem parte de nosso cotidiano”, evidenciou a historiadora.

Espetáculo

A atriz e produtora Júlia Martins disse à Agência Tambor que o espetáculo em homenagem a escritora foi desenvolvido a partir de sua descoberta e pesquisa.

Foi assim que ela sentiu a necessidade de mostrar Maria Firmina para outras pessoas através do teatro.

A intérprete de Firmina nos palcos, evidenciou que a autora de Úrsula é pouco conhecida pela população e a peça tem um viés pedagógico para que ela seja (re)conhecida. “É uma desafio e honra interpretá-la”, disse.

Além disso, a produtora pontuou que a produção do espetáculo utiliza a cultura popular maranhense de ancestralidade preta como narrativa e Maria Firmina dos Reis representa esta cultura que envolve o Maranhão.

(Veja abaixo o Jornal Tambor com a atriz Júlia Martins no dia 17/03/2022) 👇🏾👇🏽👇👇🏻

(Veja abaixo o Jornal Tambor com a historiadora Régia Agostinho no dia 11/03/2022) 👇🏾👇🏽👇👇🏻

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