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Preconceito, intolerância e ódio estão em alta na Assembleia Legislativa do Maranhão

Em uma cerimônia fechada, onde só foi permitida a entrada de convidados, a Assembleia Legislativa do Maranhão lançou, nesta terça-feira (24/09), a “Frente Parlamentar em Defesa da Família”, uma iniciativa da deputada Mical Dasmasceno (PTB). O lançamento ocorreu no salão nobre da Assembleia e contou com a presença do presidente da Casa, Othelino Neto (PCdoB); da representante do governo Jair Bolsonaro, Ângela Gandra Martins (Secretária Nacional da Família) e da representante do governo Flávio Dino, Ana do Gás (Secretária de Estado da Mulher).

Os princípios defendidos por essa bancada são profundamente conservadores, marcados pelo preconceito, intolerância e ódio a diversidade, escancaradamente contra a liberdade das mulheres e dos homoafetivos, contrários aos avanços conquistados em sociedades mais arejadas. Pelo perfil hipócrita, muitos cristãos costumam chamar esse tipo de iniciativa parlamentar de farisaica.

O evento da Assembleia do Maranhão deveria contar também com a presença da ministra de Estado Damares Alves, onde ela receberia a medalha Manoel Beckman, a maior honraria oferecida pelo Poder Legislativo Maranhense. A vinda de Damares foi cancelada para evitar um desgaste generalizado.

Chamou a atenção de muitos o fato da homenagem a Damares ser aprovada sem que houvesse qualquer critica no parlamento, ocorrida de modo sorrateiro, com a conivência de todos os parlamentares e o com o tradicional silêncio da imprensa tradicional, sempre submissa ao poder local.  Mas ao vazar a informação de que Damares seria homenageada em São Luís, houve uma rápida articulação entre diferentes organizações sociais da cidade. E, ato contínuo, foi chamado um protesto para ser realizado na própria Assembleia, na mesma hora da homenagem.

No chamado para essa manifestação a data da homenagem (24 de setembro de 2019) foi batizada como o “dia da vergonha” e estava dito que a ministra do governo Bolsonaro representa “o culto a desigualdade social, a exploração do trabalho, concentração das riquezas, devastação ambiental, ódio, violência, intolerância, mentira, preconceito, milícias, LGBTIfobia, racismo, machismo, fascismo, corrupção, fundamentalismo religioso, hipocrisia e farisaísmo”. Em 48 horas a notícia do protesto se espalhou.

Para agitar um pouco mais o clima, os conservadores da Assembleia espalhavam informações que seriam mobilizadas pessoas do Maranhão todo para receber a ministra bolsominha. Essa possibilidade motivou muito, muito mais os organizadores do protesto a fazer o contraponto aos conservadores.

Mas na segunda feira (23/09), véspera da homenagem e do protesto, foi noticiado o cancelamento da vinda da Damares. Além de informar sobre a ministra, era perceptível todo um interesse em desmobilizar a ida dos manifestantes a Assembleia.

Fonte: Agência Tambor

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