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Maranhão necessita de mais educação no campo

Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
23/01/2020

O Maranhão é o estado com maior percentual de população rural, com mais de dois milhões de habitantes. Ainda assim, há defasagem na educação e falta de investimento nessa área. Para conversar com a jornalista Flávia Regina, sobre esse tema, o professor José de Ribamar Sá Silva, do Departamento de Economia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), participou do Radiojornal Tambor desta quinta-feira (23).

Segundo ele, os principais pontos a serem destacados são a falta de formação de professores que atuem na zona rural, assim como a estruturação de escolas em municípios do Maranhão. José de Ribamar comentou que nos últimos ano houve grandes avanços em termos de investimentos por parte do governo federal. O que não tem acontecido no mandato do presidente Jair Bolsonaro. “O governo atual desmontou as políticas públicas implementadas nas gestões anteriores”, pontuou ele. 

Além disso, o economista explicou que a segurança alimentar, o que inclui o abastecimento, o direito humano à alimentação adequada e qual tipo de comida é fornecida, também envolve o problema da educação no campo. “As pessoas acham que o urbano é superior, mas é no campo que é gerado a comida”, observou ele. “É necessário o investimento na formação desses profissionais que abastecem os alimentos do Maranhão e lhes proporcionar qualidade de vida. Sendo assim, por que o agricultor não merece ter uma boa educação?”, questionou. 

De acordo com a FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, 25 mil pessoas morrem de fome todos os dias no mundo todo. Isso representa uma morte a cada 3,5 segundos. Outros dados apresentados pelo professor, demonstram a queda no investimento da educação no campo no Brasil. De 2003 a 2013 o número de escolas rurais caiu de 103 mil para 70 mil. As duas questões estão relacionadas, segundo o economista.

E, apesar da criação do programa de alfabetização de jovens da zona rural, em parceria com  Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), o governo de Flávio Dino extinguiu da Secretaria de Educação o setor de supervisão da educação no campo, criada na gestão do governo de José Reinaldo Tavares. “Esse tema, pro atual governo estadual, não tem o devido destaque”.

Ouça a entrevista sobre o tema em nosso TamborCast:

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